quarta-feira, 26 de junho de 2013

A HISTÓRICA LUTA PELO PASSE LIVRE ESTUDANTIL.


A HISTÓRICA LUTA PELO PASSE LIVRE ESTUDANTIL.

Há décadas os estudantes vêm pautando a legítima luta pelo Passe Livre Estudantil, como condição básica para assegurar as condições de ir e vir dos estudantes, contribuindo assim, para a erradicação do analfabetismo no Brasil.

Como educador, sempre procurei ter coerência com as lutas dos estudantes, dos movimentos sindicais, populares e partidários. Nesse sentido, quando fui eleito vereador em 2008, passei a apresentar no parlamento as demandas oriundas das ruas e dos movimentos organizados. Apresentei várias proposituras, e, dentre elas, a lei do Passe Livre Estudantil,PROJETO DE L - N. 15 / 1991 -  Dispõe sobre concessão de passe livre estudantil a todos os estudantes residentes no Município” (Sancionado). Essa lei mobilizou alunos, professores e a maioria dos vereadores que aprovaram o referido projeto de lei.

Infelizmente, na ocasião o prefeito do PT Mauricio Soares vetou o projeto aprovado pela Câmara Municipal. Essas votações foram acompanhadas por amplas manifestações dos alunos da Cidade, com passeatas, acampamentos em frente aos gabinetes dos vereadores e pressão nas galerias da câmara municipal.  O Prefeito vetou o projeto e a Câmara derrubou o veto e publicou a lei do Passe Livre Estudantil na cidade. Inconformado com a derrota, o Prefeito Maurício Soares do PT recorreu a justiça pelo não cumprimento da lei do Passe livre, suspendendo o efeito da mesma.

Como podemos perceber, o referido Prefeito se transformou em carrasco da juventude. Essas práticas autoritárias e outras alimentam as manifestações que se expressam e explodem nos gritos e revoltas da população que estão nas ruas, retomando portanto, essa histórica bandeira da juventude brasileira e outras.

Esse debate está efetivamente contextualizado, principalmente diante da falta de planejamento das cidades, onde a mobilidade urbana é uma grande preocupação que vem estrangulando o fluxo, o comércio, as riquezas e o direito de ir e vir em nosso país.

Até os reacionários vem defendendo o passe livre estudantil, o que demonstra a força do movimento, porém, queremos mais. Precisamos repensar esse país, tendo clareza os limites dentro sistema capitalista e as possibilidades de avançarmos rumo a uma sociedade justa e igualitária, sem opressor nem oprimido.

Alem do passe livre, queremos educação de qualidade, com a urgente aprovação dos 10% do PIB para a educação, valorização dos professores com salário digno, diminuição do número de alunos em salas de aulas, pela introdução da filosofia no ensino fundamental, além do salário estudantil e dinheiro público para as escolas públicas. A pauta da Saúde pública também é urgente, além de tantas outras  que se expressam nas manifestações populares.

Precisamos continuar ocupando as ruas, pois é a democracia participativa que vai mudar esse anacrônico conceito de democracia representativa.

 

Lutar e vencer é preciso!

Aldo Santos - Ex-vereador em SBC, coordenador da APEOESP-sbc, Presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo e APROFFIB,

 

EXIGIMOS 10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO, SALÁRIO DÍGNO PARA OS EDUCADORES, RESPEITO AOS PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL, PASSE LIVRE E SALÁRIO ESTUDANTIL , SAÚDE DE QUALIDADE, VALORIZAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS, FIM DO MONOPÓLIO DO TRANSPORTE COLETIVO, POR HABITAÇÃO POPULAR E OUTRAS DEMANDAS DE INTERESSE DA POPULAÇÃO.


CONVITE PARA O ATO REGIONAL DO DIA 1° DE JULHO, AS 17 HORAS NO PAÇO MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO CAMO.

CONVIDAMOS OS PROFESSORES (AS), ALUNOS E A POPULAÇÃO EM GERAL PARA O GRANDE ATO QUE SERÁ REALIZADO NO PAÇO MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO, DIA 1° DE JULHO DE 2013, ÀS 17 HORAS.
NÃO SUPORTAMOS MAIS TANTOS DESMANDOS, DESCASOS E DESRESPEITOS COM O CONTRIBUINTE PÚBLICO E A POPULAÇÃO EMPOBRECIDA PELO CAPITALISMO. EXIGIMOS 10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO, SALÁRIO DÍGNO PARA OS EDUCADORES, RESPEITO AOS PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL, PASSE LIVRE E SALÁRIO ESTUDANTIL , SAÚDE DE QUALIDADE, VALORIZAÇÃO DOS SERVIDORES PÚBLICOS, FIM DO MONOPÓLIO DO TRANSPORTE COLETIVO, POR HABITAÇÃO POPULAR E OUTRAS DEMANDAS DE INTERESSE DA POPULAÇÃO.
PARTICIPE E ESCREVA UMA NOVA HISTÓRIA DA CLASSE TRABALHADORA, RUMO AO SOCIALISMO.

COORDENAÇÃO DA APEOESP-SUBSEDE DE SÃO BERNARDO DO CAMPO.


terça-feira, 11 de junho de 2013

REUNIÃO DA EXECUTIVA DA APEOESP SBCAMPO.

REUNIÃO DA EXECUTIVA DA  APEOESP  SBCAMPO.

Convidamos os membros da executiva para a reunião ordinária no dia 15 de junho de 2013, a partir das 17 horas, na subsede.
Pauta:
1-Leitura e aprovação da ata anterior;
2-Justificativa de ausência;
3-Balanço e esclarecimentos sobre a greve;
4- Informes.
Sem mais,
Atenciosamente,
Aldo Santos
Coordenador
Judite Arcanjo,

Secretária

quinta-feira, 6 de junho de 2013

SUCATEAMENTO DA ESCOLA PÚBLICA.

Menos de 1% das escolas brasileiras têm infraestrutura ideal

UOL Educação

Apenas 0,6% das escolas brasileiras têm infraestrutura próxima da ideal para o ensino, isto é, têm biblioteca, laboratório de informática, quadra esportiva, laboratório de ciências e dependências adequadas para atender a estudantes com necessidades básicas. O nível infraestrutura avançada inclui os itens considerados mínimos pelo CAQi (Custo Aluno Qualidade Inicial), índice elaborado pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Já 44% das instituições de educação básica contam apenas com água encanada, sanitário, energia elétrica, esgoto e cozinha em sua infraestrutura.

Esse é o resultado de um estudo feito pelos pesquisadores Joaquim José Soares Neto, Girlene Ribeiro de Jesus e Camila Akemi Karino, da UnB (Universidade de Brasília), e Dalton Francisco de Andrade, da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), intitulado "Uma escala para medir a infraestrutura escolar".

A pesquisa incluiu dados do Censo Escolar de 2011 de 194.932 escolas.

Girlene afirma que ela e os pesquisadores esperavam que os resultados demonstrassem a precariedade de muitas das escolas brasileiras, mas pontua que o percentual de elementares (44%) e de avançadas (0,6%) foi um "choque".

"Sabíamos que encontraríamos diferenças e que a zona rural, por exemplo, apresentaria infraestrutura mais deficitária. Mas não achávamos que seria tanto. O mesmo vale para as diferenças regionais, como é o caso do Norte e do Nordeste, e para as redes municipais, onde se concentram as escolas com as piores condições", afirma.

"A criança, quando chega à escola, tem que ter equipamentos, conforto do ambiente para se concentrar, se dedicar aos estudos e ao aprendizado. O professor precisa de equipamento para desenvolver o trabalho dele, assim como a escola", explica Joaquim José Soares Neto. "O Brasil está passando por um momento em que é consenso que se deve investir em educação. A pesquisa traz uma perspectiva de como orientar esse investimento para resolver um problema que não é simples".

Dados

Para definir uma escala para a situação da infraestrutura, os pesquisadores selecionaram 24 itens de infraestrutura escolar para checar se há sua disponibilidade – ou não – nos colégios públicos brasileiros.

Em 72,5% das escolas brasileiras não há biblioteca

Brasil ainda tem mais de 13 mil escolas sem luz
A partir da presença ou não desses itens, as escolas foram distribuídas em quatro categorias. No nível elementar ficam escolas que têm apenas o mínimo para o funcionamento do prédio.

Infraestrutura elementar: Estão neste nível escolas que possuem somente aspectos de infraestrutura elementares para o funcionamento de uma escola, tais como água, sanitário, energia, esgoto e cozinha
Infraestrutura básica: Além dos itens presentes no nível anterior, neste nível as escolas já possuem uma infraestrutura básica, típica de unidades escolares. Em geral, elas possuem: sala de diretoria e equipamentos como TV, DVD, computadores e impressora
Infraestrutura adequada: Além dos itens presentes nos níveis anteriores, as escolas deste nível, em geral, possuem uma infraestrutura mais completa, o que permite um ambiente mais propício para o ensino e aprendizagem. Essas escolas possuem, por exemplo, espaços como sala de professores, biblioteca, laboratório de informática e sanitário para educação infantil. Há também espaços que permitem o convício social e o desenvolvimento motor, tais como quadra esportiva e parque infantil. Além disso, são escolas que possuem equipamentos complementares como copiadora e acesso a internet
Infraestrutura avançada: As escolas neste nível, além dos itens presentes nos níveis anteriores, possuem uma infraestrutura escolar mais robusta e mais próxima do ideal, com a presença de laboratório de ciências e dependências adequadas para atender estudantes com necessidades especiais
Desigualdades regionais

Os dados do estudo revelam que as grandes diferenças entre as regiões do país aparecem também na infraestrutura das escolas. Das 24.079 unidades de ensino da Região Norte, 71% podem ser consideradas no nível elementar, o mais precário. No caso do Nordeste, esse índice ainda se mantém alto, mas cai para 65%. No Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o maior percentual de escolas localiza-se no nível básico. Em todas as regiões a taxa de colégios públicos classificados como de infraestrutura avançada não excede os 2%.

Quando observados os dados por redes, as desigualdades também são grandes. Entre as escolas federais, 62,5% podem ser consideradas adequadas e avançadas. No caso das estaduais, 51,3% das unidades são básicas em relação à infraestrutura e, considerando as municipais, 61,8% das escolas são classificadas como elementares.

Outro dado destacado pelos pesquisadores é a diferença entre as escolas urbanas e rurais. "Enquanto 18,3% das escolas urbanas têm infraestrutura elementar, o oposto ocorre em relação às escolas rurais: 85,2% encontram-se nesta categoria", diz o estudo.

Resultado no desempenho

Os pesquisadores não fizeram ainda a relação entre infraestrutura escolar e o desempenho dos alunos. "É necessário correlacionar os resultados das avaliações, como a Prova Brasil, com as condições físicas das escolas. O nível socioeconômico das regiões em que a infraestrutura é insuficiente é também bastante carente. Essa discussão precisa ser feita", afirma Neto.

Para ele, a escala ajuda a apontar quais são as regiões do país que precisam de políticas públicas especiais. "Não interessa onde a criança esteja: ela tem direito a uma Educação de qualidade. Isso pressupõe também uma infraestrutura escolar de qualidade", ressalta. "É preciso mais recursos, com um investimento que seja realizado com eficiência."

O regime de colaboração entre os entes federados, segundo os pesquisadores, também precisa ser reforçado. "Precisamos que Estados, municípios e União trabalhem juntos nessa questão, definindo políticas públicas que atendam a essas escolas com condições físicas piores. É claro que só isso não resolve a qualidade da educação que é oferecida, mas é uma condição para que as escolas funcionem normalmente", afirma Girlene. "Caso contrário, continuaremos a amargar resultados ruins."

quarta-feira, 5 de junho de 2013

ORGANIZAR OS ESTUDANTES É URGENTE.

ORGANIZAR OS ESTUDANTES É URGENTE.

A primeira tarefa do estudante ao chegar a uma unidade escolar  é procurar informações  sobre os seus  direitos e  deveres. Via-de-regra, para os agentes obedientes  do governo, os alunos só tem deveres e quando falam em direitos é um direito vigiado, delimitado e controlado. Às vezes até falam em aluno crítico, porém, quando este começa a questionar para além do conteúdo ensinado, passa a ser um incômodo para os professores e gestores, pois para eles, aluno crítico é sinônimo  de  aluno dócil, domado e servil.
Quando os alunos perguntam sobre as notas, sobre o funcionamento da biblioteca, da videoteca, sobre a qualidade da merenda, sobre o preço abusivo da cantina, das salas  entupidas  de alunos ,da sala de internet e como os alunos devem  fazer para usá-la, ele começa a incomodar a ordem estabelecida. É para incomodar mesmo.
Para muitos a base e o método educacional é a educação bancária, como bem definiu  o educador Paulo Freire. Em nosso cotidiano e no ambiente escolar os conceitos filosóficos positivistas de Auguste Comte estão muito  presentes, uma vez que para os detentores do poder, as escolas precisam ter Ordem para se garantir o almejado Progresso. Ora, esse é o miolo ideológico da corrente filosófica positivista que desde a proclamação da república encontra-se no símbolo maior do nosso país, que é a bandeira brasileira.
Para os gestores, os alunos são seres desprovidos de responsabilidades, incompletos, um micro ser  sempre voltados para o futuro e nunca para o presente, portanto, devem estudar e obedecer, mesmo que a obediência seja cega e o conteúdo alienante.  A educação nesse contexto  é uma  necessidade imperiosa, caso "queiram ser  alguém na vida".
Os conflitos que existem nas unidades escolares estão relacionados   a falta de canais de expressão e diálogo dos alunos que tentam de todas as formas se comunicarem com os professores, inspetores e direção, porém, grande parte destes  continuam surdos, cegos e mudos, mesmo ao som de explosivas bombas, rebeldias generalizadas e outras formas de chamar atenção. Os educandos  sinalizam para o diálogo,porém,  o  autoritarismo introjetado em grande parte dos gestores mantenedores da  ordem e da mordaça institucional nada percebem ou fingem  que nada existem, inclusive os avanços democráticos  e os alunos.
O caminho é organizar os Grêmios Livres Estudantis, independente dos professores, diretores e coordenação pedagógica, pois, trata-se de uma lei federal, n°7.398, de 4  de novembro de 1985 que afirma: “fica assegurada a organização dos estudantes como entidades autônomas representativas dos interesses dos estudantes secundaristas”, e  “a escolha dos dirigentes e dos representantes do Grêmio Estudantil serão realizados pelo voto direto e secreto de cada estudante”.
Essa lei foi uma grande conquista dos estudantes que com muita  união e organização foram a ruas, enfrentaram a ditadura militar, foram violentados e  até morrerem em defesa dos direitos civis e democráticos.
Com o golpe da ditadura militar  em 1964, a juventude tomou as ruas, enfrentou a barbárie das  torturas  e não se curvaram diante do sofrimento e mortes provocadas  pelos militares brasileiros.
Em 1968, a rebeldia mundial ecoou mundo a fora, e no Brasil, o fatídico  ato de brutalidade contra a juventude organizada  calou fundo sobre a sociedade brasileira com a  morte do jovem Edson Luis, que foi assassinado no Rio de Janeiro no dia 28 de março desse ano. Mais de cem mil estudantes saíram às ruas, resistindo, repudiando e condenando as prisões, torturas e mortes de trabalhadores e estudantes.
Estudantes exijam seus direitos, mobilizem  suas escolas e bairros, tome partido ao lado  dos fracos e oprimidos, vítimas  do regime  de morte que é o sistema capitalista. Articule seus colegas  nas classes, realizem reuniões dentro da escola para aprovar o estatuto e a data da eleição direta para a direção do Grêmio livre Estudantil.

Ao eleger a diretoria do Grêmio, se recuse a fazer o jogo da direção da escola, com tarefas assistencialistas ou de colaboração com a direção, pois, caso isso ocorra, você ficará atrelado aos interesses do Estado, contra os reais interesses daqueles que os elegeram que são os estudantes.
 Caso tenha dificuldades na implementação  e concretude da organização dos estudantes, procure um professor crítico e coerente que defenda os interesses dos alunos ou procure o Sindicato dos Professores, ou a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES), para garantir na prática e na luta os direitos dos alunos, que quase nunca são respeitados.
 Não se cale e não se renda, reaja a vá à luta em defesa dos diretos coletivos  dos alunos e da classe que vive do trabalho.
Estudante consciente é estudante que luta pelo direito de todos num combate sem trégua à sociedade capitalista, sinônimo da desigualdade, corrupção, machismo, racismo, homofobia e da exclusão humana aos bens produzidos pela classe trabalhadora.
“Organizar a esperança,
Conduzir a tempestade
Romper os muros da noite,
Criar sem pedir licença
Um muro de liberdade.”
Pedro Tierra - Metal e sonho

Movimento Estudantil Livre  já!

Aldo Santos, ex-vereador em São Bernardo do campo, Coordenador da APEOESP/SBC, Presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo, Presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Brasil, membro do PSOL.


A NECESSÁRIA PRESENÇA DA EDUCAÇÃO NO PROCESSO EXISTENCIAL.

A NECESSÁRIA PRESENÇA DA EDUCAÇÃO NO PROCESSO EXISTENCIAL.

A educação é fundamental no processo evolutivo humano, justificando, portanto, o indispensável levantamento dos aspectos formativos que devem nortear a vida das pessoas durante a nossa existência. Nossa observação começa e evolui a partir da vivência e contato com pessoas do nosso convívio, indagando-se como poderia ser melhor, mais profunda e abrangente algumas concepções filosóficas marcantes ao longo da história.
 Devemos sempre  buscar na etimologia das palavras o real sentido das mesmas, nos mais variados momentos do nosso estar no mundo.
         A palavra “educar” vem de “educare”, que significa instruir, criar. A palavra é composta por “ex” (“fora”) e “ducere”, cujo significado é guiar, conduzir, liderar. Como se nota, educar trazia a ideia de “conduzir para fora”. Outras fontes dizem “extrair para dentro”. Portanto, podemos interpretar esse conceito como a mais sábia forma de se “preparar para o mundo”.
         O Conceito é amplo e deve ser aplicado em sua dimensão  epistemológica. Podemos dizer que desde o planejamento de um filho, desde a vida intrauterina, esses conceitos já devem estar presentes no cuidado da mãe, no cuidado do pai, do companheiro ou companheira, cuidado esse, que deve permanecer ao longo da nossa existência.
         É neste sentido que o papel e dever do estado deve estar presente no acolhimento, no acompanhamento, na promoção de investimentos prioritários que essa demanda requer.
         Para aprofundar essa temática, se faz necessário especificar o significado do espaço físico em que se opera formalmente o aprendizado da criança. A palavra “escola” se origina do grego, “skolé”, espaço vital em que se praticava o ócio, o lazer criativo, a discussão livre, o aprendizado como experiência intensa, livre de pressões externas do “mercado” ou de conduta moral repressora.
         Esses conceitos merecem atenção, pois, no dia a dia são confrontados com os modelos de escolas que conhecemos, trabalhamos, criticamos e por vezes reproduzimos e até naturalizamos os vários modelos escolares há séculos existentes.

 Neste sentido, precisamos rever os conceitos, uma vez que os seres humanos devem estar vinculados à educação e aos espaços físicos existentes em diferentes níveis de aprendizado: Municipal, Estadual e Federal.
         Nossa concepção é que já no início da vida das crianças os responsáveis devem colocar seus filhos nas escolas infantis, com a preocupação do despertar afetivo, emocional e cognitivo, diferentemente dos depósitos de crianças parcialmente atendidas nas creches, maternais, ou “espaços improvisados” e alheios à preocupação educacional. Assim, deve ser durante toda a vida, fundamentalmente desde a idade infantil, enquanto criança, adolescente, jovens e adultos preparando-se para a vida social no trabalho, bem como, durante toda sabedoria plena, equivocadamente chamada de velhice.
         Durante o "envelhecimento" deve existir as escolas sapienciais, diferentemente dos atuais “depósitos de velhos (as)" em asilos ou abandonados (as) à sua própria sorte como sucatas humanas descartáveis. As escolas sapienciais devem possuir espaços apropriados para ensinar e aprender, cuidar, acolher e aprimorar a sabedoria relacional durante o processo de existência, transformando-a em mais sabedoria, dando sentido à vida em suas várias manifestações.
Começar a vida com vigor físico, ter saúde, viver plenamente dentro das possibilidades adquiridas, assim como no declínio físico e mental, na doença, na decrepitude e até na finitude humana, tudo deve fazer parte da escola da vida, do necessário aprendizado que o estado tem obrigação de assegurar a todos e todas por exigência da existência relacional dos seres humanos no planeta.
É dever do Estado a permanente preservação da vida, da história e da memória das pessoas ao longo de sua contribuição e produção existencial, diferentemente da história e memória hoje cultuada, pois, “fazem parte da história” os detentores do capital, os próceres da burguesia, enquanto os demais estão condenados a não vida, ao ostracismo e a inexistência histórica.
 Entendemos que mesmo no estado capitalista devemos defender essas justas bandeiras, entretanto, só serão plenamente asseguradas com a implantação definitiva de uma sociedade comunista sem oprimidos nem opressores.
         O sentido que damos à vida depende, em grande parte, do sentido que damos à morte, como expressa em profundidade o teólogo, educador e escritor, Leonardo Boff: “Se a morte é o fim de tudo, então de pouco valem as tantas canseiras e os pesados sacrifícios a que nos submetemos. Mas se a morte é o fim no sentido de objetivo alcançado, então tudo valeu a pena. Morrer é viver mais e melhor. Por isso tem lógica a resposta que Sartre, no final da vida, deu a um jornalista que lhe perguntou se continuava ainda ateu. O filósofo respondeu: ‘Continuo, mas com a esperança esperante de que Deus exista, do contrário a vida não tem sentido’ ”.
Instigamos o debate sobre essa temática, pois, via de regra, a mesma não é abordada nos círculos dos debates das esquerdas, assim como não é debatido nos vários segmentos da sociedade e dos movimentos sociais organizados.
Enfrentar, debater e assumir compromisso com esses princípios é dever   de todos que vivem, lutam e até morrem em defesa   de um mundo liberto  da opressão do Capital.
A escola da vida e a vida na escola são intrínsecas, constituindo, portanto uma nova e permanente educação sapiencial.
 Nesse sentido, defendemos o acesso à escola infantil, bem como a todo processo de escolaridade ao longo da vida, e, na idade da sabedoria plena, defendemos a existência das escolas sapienciais.

Viver, respeitar e estudar sempre é preciso!


Aldo Santos - Coordenador da apeoesp sbc, Presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo, Presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Brasil, militante do Psol.

GOLPE NOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO MUNICÍPIO EM SBCAMPO.

GOLPE NOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO MUNICÍPIO EM SBCAMPO.

Diário regional, 25 de Abril de 2013
- Por: Carlos Carvalho
SÃO BERNARDO – A Câmara de São Bernardo aprovou, na sessão de ontem (24), mudança em dois artigos do Estatuto dos Funcionários Públicos do Município, que falam sobre o estágio probatório. Mesmo o projeto tendo o apoio do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos da cidade (Sindiserv), a bancada oposicionista se absteve da votação, por não concordar com as mudanças.
No artigo 23, que fala sobre o período de duração do estágio, houve aumento no tempo de dois para três anos, assim se adequando a Constituição Federal. No artigo 24, a nova redação sujeita ao estágio probatório o servidor que for nomeado para outro cargo, diferente daquele em que adquiriu a estabilidade.
A bancada oposicionista reclamou sobre dois incisos do artigo 23, que falam sobre a licença médica. O inciso 7º diz que o servidor que tiver mais de 30 dias de licença médica terá o processo de estágio probatório encaminhado à Divisão de Saúde do Servidor, para que uma junta médica faça uma avaliação.
O inciso 8º fala que se for comprovada a “inaptidão para o exercício do cargo por motivo de saúde, devidamente comprovada por junta médica (...) poderá o servidor ser exonerado, resguardado os direitos ao contraditório e à ampla defesa”. As mudanças foram feitas com o parecer da Procuradoria da prefeitura.
Para os vereadores Fábio Landi (PSD) e Pery Cartola (PPS), a mudança poderia fazer com que um servidor seja exonerado mesmo que tenha uma doença contraída fora do ambiente de trabalho. Por exemplo, caso um funcionário público tenha um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em casa, poderia ter seu vínculo com a prefeitura terminado.
É inadmissível que você não dê garantia no estágio probatório ao servidor que ficou doente, para que faça o tratamento e não seja exonerado. No projeto não tem essa garantia. Eu me abstive por isso, pois sou médico de carreira, desde 1995, concursado pela prefeitura e licenciado para fazer o mandado”, disse Landi.
Boa parte da sessão foi voltada à discussão desse assunto. Por mais de meia hora, o líder do governo, José Ferreira (PT), explicou o projeto aos demais vereadores, mas mesmo assim a oposição se recusava a votá-lo.
A oposição fez dois pedidos de adiamento, mas foram rejeitados pela maioria. Na votação, dos 25 vereadores presentes, 16 foram a favor e nove se abstiveram. Além dos seis vereadores do PPS e os dois do PSDB, Fábio Landi também se absteve.
Inconstitucional
O líder do PPS na Câmara, Julinho Fuzari, disse que o projeto é inconstitucional, porque não teve o parecer jurídico da Câmara. Além disso, o Instituto Brasileiro de Administração Municipal (Ibam) deu parecer contrário ao projeto. Fuzari entrará no Ministério Público e também entrará com ação de inconstitucionalidade. Além disso, o popular-socialista não gostou do fato de a Casa ter aprovado um projeto somente com o parecer da procuradoria da prefeitura.
COMENTÁRIO DO PSOL
QUAL A DIFERENÇA ENTRE ESSE GOVERNO E UM GOVERNO REACIONÁRIO QUE DESRESPEITA  OS TRABALHADORES. É LAMENTÁVEL QUE O PT QUE SEMPRE DEFENDEU OS POBRES, DOENTES E TRABALHADORES, RASGUE E JOGUEM NA LATA DO LIXO  TUDO O QUE DEFENDIAM. LAMENTAMOS TAMBÉM O POSICIONAMENTO DO SINDICATO DOS SERVIDORES, SEMPRE  COLABORANDO COM A OPRESSÃO PATRONAL.COM A MUDANÇA NO ESTATUTO DO FUNCIONALISMO, ELES TAMBÉM VÃO DESCARACTERIZANDO O ESTATUTO DO MAGISTÉRIO APROVADO PELOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO.
PSOL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO.






Governo Alckmin acaba com aulas de Geografia, História e Ciências.

Governo Alckmin acaba com aulas de Geografia, História e Ciências.
O governo do Estado de São Paulo retirou o ensino de História, Geografia e Ciências nos anos iniciais do Ensino Fundamental. A nova modalidade faz parte da primeira reformulação curricular que inicialmente seria aplicada nas escolas em tempo integral.
A retirada das aulas da grade curricular vale para as 297 escolas que estão no suposto programa de ensino integral implantado a partir de 2006 e exclui as 21 escolas que não migraram para o novo modelo de ensino integral – criado em 2012 para o ensino médio e estendido para o fundamental neste ano.
Mesmo permanecendo na escola por 8 horas todos os dias, os alunos dessas 297 escolas não terão aulas de Ciências Físicas e Biológicas, História e Geografia, onde até o ano passado tinham sete aulas semanais dessas matérias até o 3º ano do Ensino Fundamental. Segundo a Secretaria de Educação, os horários serão preenchidos por aulas de Língua Portuguesa e Matemática.
Os alunos do 1º e 2º, 3º ano terão 15 aulas semanais de Língua Portuguesa que corresponde a 60% da carga horária semanal, seis aulas de matemática (25%) e Educação Física e Artística ficam com 4 aulas semanais (15%).
No 3º ano a carga de Matemática sobe para 40% e cai a de Língua Portuguesa (para 35%). Só nos 4.º e 5.º anos os alunos passarão a aprender ciências, história e geografia, o equivalente a 7 aulas, ou seja, a mesma carga que se aplica hoje, num modelo em que desde o 1º ano se tem essas matérias. Portanto, existe uma diminuição do conteúdo aplicado ao longo de todo E.F. Não há compensação de aulas no novo programa do governador Geraldo Alckmin (PSDB). A Secretaria de Educação argumenta que “o objetivo é tornar o currículo mais atraente”.
A professora Maria Izabel Noronha, Bebel, presidente do Sindicato dos Professores do Estado Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), criticou as mudanças. “Tem de haver um fortalecimento em português e matemática, mas não retirar totalmente outras disciplinas. As crianças precisam ter acesso ao conhecimento geral, senão a escola fica só para habilitar”, destacou Bebel.
Já a Secretaria estadual de Educação emitiu nota apontando que estas matérias seriam aplicadas de forma “transversal” dentro de outras matérias, ou em oficinas no decorrer do dia.
QUALIDADE DE ENSINO
Com o aumento das aulas ministradas, o governo estadual tenta melhorar os índices de avaliação dos alunos dessas escolas em seus exames. Já que provas como o Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) avaliam somente as disciplinas de Português e Matemática.
Há anos os índices patinam, apresentado números pífios de desempenho e demonstrando o que, na prática, se vê na maioria das escolas paulista.

No último dia oito a Secretaria de Educação divulgou os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp) de 2012, onde nos anos finais do Ensino Fundamental (8º e 9º ano) o rendimento dos alunos regrediu de 2,57 em 2011 para 2,50. E na média geral, entre EF e Ensino Médio também houve redução do desempenho. De 2,61 em 2011 para 2,59 em 2012.
O resultado apresentado pelos alunos na prova do Saresp para avaliar o desempenho do ensino nos mostra que com 18 anos de governo tucano ainda temos 55,9% dos estudantes do 8º e 9º ano, com nível básico na aprendizagem de Língua Portuguesa, 28,5% abaixo do básico, apenas 14% em nível considerado adequado e míseros 1,6% com nível avançado.
Em Matemática os índices da Secretária de Educação do Estado são ainda piores. 53,2% dos alunos dos anos finais do EF estão no nível básico, 36,6% abaixo do básico. Menos de 10% dos alunos de toda a rede estão em nível adequado, apenas 9,1%. E só 1% de todos os alunos do 8º e 9º ano do Estado mais rico da federação são considerados nível avançado em Matemática.
Quando a amostragem se dá pelos alunos do Ensino Médio a situação é a mesma. Em Língua Portuguesa 38,8% dos estudantes estão em nível básico e 34,4% abaixo do básico. 26,3% se encontram em nível adequado e apenas 0,5% em nível avançado.
Já em matemática a situação é ainda pior do que no E.F. 55,8% dos alunos estão abaixo do básico e 39,4% em nível básico. Em nível adequado somente 4,5% dos alunos alcançaram a faixa e em nível avançado apenas 0,3%.




COMUNICADO DA APEOESP-SBC

COMUNICADO DA APEOESP-SBC
1-Comunicamos aos membros da executiva que em razão da reposição de aulas, vários companheiros (as) não poderão comparecer a reunião prevista para o dia 08/06/2013. Nesse sentido, estamos marcando a nossa reunião ordinária para o dia 15 de junho de 2013, a partir das 18 horas, seguida de festa junina solidária.
2- Em relação à política de solidariedade, estamos propondo que os companheiros (as) que fizeram a greve do início ao fim, recebem o correspondente a uma cesta básica no valor de R$100.00 reais. Essa contribuição é para os professores (as) que tem apenas uma fonte de renda. Essa contribuição deve ser  requerida dentro do mês  em curso.
         3-Sairá ainda esse mês um jornal da subsede com os últimos informes de interesse dos associados.
Com saudações sindicais
Atenciosamente,

Coordenação da subsede da apeoesp de SBC.