quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Marinho processa GCMs por apoio a professores

Integrantes da GCM (Guarda Civil Municipal) que apoiaram o protesto dos educadores de São Bernardo contrários ao Estatuto do Magistério, na semana passada, estão sendo repreendidos pelo governo do prefeito Luiz Marinho (PT). Pelo menos 14 profissionais foram notificados pela Corregedoria-Geral da GCM para prestarem esclarecimentos sobre a participação na invasão do plenário do Legislativo. A ação conjunta entre guardas e educadores durou 20 horas, postergando a votação do projeto de lei, avalizado na quarta-feira pelos vereadores. “Perguntaram o que fui reivindicar lá, quem era o líder do movimento e como consegui entrar lá (no plenário)”, disse um guarda municipal, que prefere não se identificar para evitar retaliação da gestão petista. O documento entregue aos guardas municipais visa a “apuração de supostas irregularidades disciplinares”. A Prefeitura informou que a instauração do procedimento é instrumento institucional comum quando há indícios de infração disciplinar. “Está claro que eles querem nos repreender”, declarou outro guarda municipal. Ele alega que estava de folga no dia do ato na Câmara. A GCM aderiu à causa dos profissionais da Educação, mas também segue em defesa de suas reivindicações, que inclui progressão horizontal (adicional por tempo de casa) e verba de periculosidade no trabalho. O presidente do Sindserv (Sindicato dos Servidores Municipais), Giovani Chagas, condenou a postura do governo Marinho e ressaltou que o departamento jurídico da entidade acompanha o caso. “A categoria continuará se mobilizando”, sustentou. O vereador Pery Cartola (Solidariedade) tomou conhecimento do episódio e vai notificar o secretário de Segurança Pública, Benedito Mariano, para que justifique a medida adotada pelo Paço. Fonte: Diário do Grande ABC dia 2/12/2013

Marinho critica guardas manifestantes

O chefe do Executivo são-bernardense, Luiz Marinho (PT), condenou a ação dos guardas municipais que apoiaram a manifestação dos profissionais de Educação contrários ao novo modelo do Estatuto do Magistério, que será implantado na cidade. “É inconcebível um profissional de Segurança ocupar prédio público”, considerou o petista. Os profissionais de Segurança notificados pelo Paço a esclarecerem seus atos contestam a determinação da Corregedoria da GCM (Guarda Civil Municipal), alegando que estavam de folga no dia da ação em conjunto com os educadores, e que a medida não passa de um meio de repreender a categoria. Marinho sustentou que não há restrição à manifestação promovida pelos guardas, mas criticou o que chamou de “ato de indisciplina”, sem citar a norma em que os servidores podem ser enquadrados. “Independentemente se (o guarda) estava de folga ou não, pressupõe-se que um profissional de Segurança tenha consciência do seu papel. Um guarda municipal à paisana tem obrigação de agir numa situação inesperada.” A corregedoria da corporação convocou pelo menos 14 profissionais a prestarem esclarecimento sobre a participação na ocupação do plenário da Câmara. A ação conjunta com os educadores impediu a votação do projeto de lei no dia 21. O grupo invadiu o plenário do Legislativo às 11h e permaneceu no local durante 20 horas. Na semana seguinte, a norma foi avalizada, sob forte esquema de segurança. Segundo Marinho, caberá ao comando da GCM definir se haverá punição aos profissionais que aderiram ao protesto. “Existe um estatuto (da GCM), normas de disciplina e todos têm consciência disso”, disse. O Sindserv (Sindicato dos Servidores) criticou a postura da administração petista e deixou o departamento jurídico à disposição dos guardas municipais para acompanhá-los durante os depoimentos. Apesar do ato em apoio aos educadores, os GCMs seguem em defesa de suas reivindicações ao Paço, como a progressão horizontal (adicional por tempo de casa) e bônus por periculosidade no trabalho. O salário base de um guarda municipal em São Bernardo é de R$ 1.300. Fonte: Rogério Santos, do Diário do Grande ABC