quarta-feira, 26 de junho de 2013

A HISTÓRICA LUTA PELO PASSE LIVRE ESTUDANTIL.


A HISTÓRICA LUTA PELO PASSE LIVRE ESTUDANTIL.

Há décadas os estudantes vêm pautando a legítima luta pelo Passe Livre Estudantil, como condição básica para assegurar as condições de ir e vir dos estudantes, contribuindo assim, para a erradicação do analfabetismo no Brasil.

Como educador, sempre procurei ter coerência com as lutas dos estudantes, dos movimentos sindicais, populares e partidários. Nesse sentido, quando fui eleito vereador em 2008, passei a apresentar no parlamento as demandas oriundas das ruas e dos movimentos organizados. Apresentei várias proposituras, e, dentre elas, a lei do Passe Livre Estudantil,PROJETO DE L - N. 15 / 1991 -  Dispõe sobre concessão de passe livre estudantil a todos os estudantes residentes no Município” (Sancionado). Essa lei mobilizou alunos, professores e a maioria dos vereadores que aprovaram o referido projeto de lei.

Infelizmente, na ocasião o prefeito do PT Mauricio Soares vetou o projeto aprovado pela Câmara Municipal. Essas votações foram acompanhadas por amplas manifestações dos alunos da Cidade, com passeatas, acampamentos em frente aos gabinetes dos vereadores e pressão nas galerias da câmara municipal.  O Prefeito vetou o projeto e a Câmara derrubou o veto e publicou a lei do Passe Livre Estudantil na cidade. Inconformado com a derrota, o Prefeito Maurício Soares do PT recorreu a justiça pelo não cumprimento da lei do Passe livre, suspendendo o efeito da mesma.

Como podemos perceber, o referido Prefeito se transformou em carrasco da juventude. Essas práticas autoritárias e outras alimentam as manifestações que se expressam e explodem nos gritos e revoltas da população que estão nas ruas, retomando portanto, essa histórica bandeira da juventude brasileira e outras.

Esse debate está efetivamente contextualizado, principalmente diante da falta de planejamento das cidades, onde a mobilidade urbana é uma grande preocupação que vem estrangulando o fluxo, o comércio, as riquezas e o direito de ir e vir em nosso país.

Até os reacionários vem defendendo o passe livre estudantil, o que demonstra a força do movimento, porém, queremos mais. Precisamos repensar esse país, tendo clareza os limites dentro sistema capitalista e as possibilidades de avançarmos rumo a uma sociedade justa e igualitária, sem opressor nem oprimido.

Alem do passe livre, queremos educação de qualidade, com a urgente aprovação dos 10% do PIB para a educação, valorização dos professores com salário digno, diminuição do número de alunos em salas de aulas, pela introdução da filosofia no ensino fundamental, além do salário estudantil e dinheiro público para as escolas públicas. A pauta da Saúde pública também é urgente, além de tantas outras  que se expressam nas manifestações populares.

Precisamos continuar ocupando as ruas, pois é a democracia participativa que vai mudar esse anacrônico conceito de democracia representativa.

 

Lutar e vencer é preciso!

Aldo Santos - Ex-vereador em SBC, coordenador da APEOESP-sbc, Presidente da Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo e APROFFIB,

 

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